Embora exista um consenso de que aumentar o acesso à água potável possa gerar inúmeros benefícios para população, dentre eles a redução da mortalidade infantil, os governos ainda enfrentam dificuldades de expandir o acesso aos serviços de infraestrutura no setor de saneamento básico, seja por restrição recursos financeiros ou por questões ideológicas e burocráticas. Nesse contexto, países como a argentina contornaram a crise econômica e o problema da restrição orçamentária na década de 1990 embarcando em uma das maiores campanhas de privatização do mundo, permitindo a provisão dos serviços de água pelo agente privado, cobrindo um total de 28% dos municípios. Tais medidas resultaram em uma queda de 8% na mortalidade infantil, tendo um efeito ainda maior nas áreas mais pobres, onde percebe-se uma redução de 26%.